Entrevista a Luís Chaby Vaz, presidente do Instituto do Cinema e do Audiovisual

O que tem Portugal que não há noutros países para atrair as produções estrangeiras?
Tem uma enorme diversidade de paisagens, um clima excelente e uma luz inigualável. Por outro lado, conta com uma excelente capacidade de produção cinematográfica e com profissionais de elevada qualidade. E criámos um dos sistemas de incentivo à produção mais competitivos da Europa, com valores de despesa mínima mais baixos e uma maior percentagem de dedução de despesas elegíveis.

Esse é o principal objetivo?
Pretende-se posicionar Portugal como um destino para as produções que possam trazer mais-valias para o desenvolvimento do país e da indústria cinematográfica e audiovisual nacional. Estamos a tentar criar algo distinto do que existe a nível internacional, contando com a geografia e o património do país e envolvendo as delegações regionais para dar resposta em tempo útil aos produtores, que são sempre respostas urgentes.

Como têm funcionado até agora as Film Commissions?
Têm surgido de forma espontânea e são muito diferentes umas das outras, mesmo a nível da sua constituição. Reconhecendo esse trabalho e os conhecimentos adquiridos, o Instituto do Cinema e do Audiovisual, com outras entidades públicas, nomeadamente o Turismo de Portugal, irá constituir uma Film Commission nacional, com o objetivo de criar um ponto de contacto único entre as necessidades de produção e filmagens no nosso país.

Como?
Em conjunto com as estruturas já existentes, estamos a construir uma solução que nos parece ser a mais eficaz. Em paralelo, foi criado um grupo de trabalho e o Fundo de Apoio ao Turismo, Cinema e Audiovisual.

Qual é a Film Comission mais perto do modelo pretendido?
As Film Comissions existentes têm experiências muito válidas, mas nenhuma reúne todas as características que nos parecem ideais. Lisboa e Porto são bons exemplos no envolvimento das autarquias; a do Centro juntou-se ao Turismo de Portugal e é um bom modelo.

In DN